17/04/09
Lembro-me...
Numa caixa de dias perdidos
Encontrei uma noite sozinha
Sem sonhos, só memórias
Embalava desejos já tidos
Numa almofada de histórias
Sob um céu de nuvens estreladas
Ouço, perto, um suspiro
De alguém que conheci
Num tempo de contos de fadas
Lembro-me...
Quando era possível
Escolher o nosso papel
Inventar o caminho
Lembro-me...
Quando tu eras o destino
Num baú de desenhos reais
Descubro imagens esquecidas
Procuro a chave dos ideais
Encaixada no portal do tempo
Embala duas sensações
Guia-as para lá do momento
Por cima de um livro fechado
As palavras que me juraste
Uma fotografia sem caras, sem cores
Ficou-me o nada do tudo que levaste
Lembro-me...
Quando era possível
Escolher o nosso papel
Inventar o caminho
Lembro-me...
Quando tu eras o destino
Se me deste a mão
Perdi-a, deixei-a fugir
Caímos num buraco escuro
Abriu-se o chão
Tive de ver-te partir
Pedaços de papel rasgado
Gritam a notícia
Insultam com pormenores
Angústia que sinto por não
Voltar a ter-te abraçado
Numa noite de gotas e vidro
Faltou um adeus, o último olhar...
07/04/09
Com ou sem alma?
06/04/09
Crueldade versus Ganância...
Todos os anos são mortas mais de 30 mil focas na costa russa do Mar Branco e cerca de 275 mil no Canadá.
A matança ocorre sempre na Primavera, porque é nessa altura que as focas grávidas abandonam as águas geladas do mar para dar à luz em plena praia.
Cobardes armados de paus com um espigão na ponta, os caçadores procedem então a uma trágica e dramática coreografia de espancamento das crias, que acabam por morrer numa lenta e dolorosa agonia.
O crime continua a tal ponto que começa a recear-se a extinção da espécie.
Utilizam-se as peles e também o óleo da foca, a partir do qual são produzidas cápsulas para combater a artrite.
Os asiáticos compram também os órgãos sexuais dos animais, que segundo muitos acreditam, terem poderes afrodisíacos.
Lamentável, que em pleno século XXI ainda se assista a este tipo de comportamentos contra seres indefesos que se tornaram alvo de tanta cobiça e ambição por parte do homem.
Sem dúvida alguma posso afirmar, que o homem se tornou o ser mais selvagem, perigoso e predador de todo o Planeta.
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